quinta-feira, 18 de setembro de 2014

com saudades das rosas que deixei na aldeia



AS ROSAS

Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.





in Dia do Mar, 1947
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

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