domingo, 13 de outubro de 2013

Assista à íntegra da entrevista com José Saramago (1997) (+lista de repr...

FESTIVAL INTERNACIONAL DE MARIONETAS DO PORTO

Este ano 2013
O FESTIVAL INTERNACIONAL DE MARIONETAS DO PORTO (FIMP)
que está a decorrer desde 11  até 20 de Outubro, tem um programa absolutamente fantástico, com eventos que nos levam de novo à infância e ao mundo dos sonhos e da fantasia!
Realço os momentos vividos durante o espetáculo a que assisti: "CIRCUS ON THE STRINGS DE E POR VIKTOR ANTONOV,  infelizmente as imagens vídeos abaixo, não conseguem  transmitir tão fielmente,  a atuação de cada uma das personagens que pareciam ter vida própria e não manipulada.
FOI ABSOLUTAMENTE FANTÁSTICO E INEBRIANTE!

Victor Antonov. "Circus on the strings" puppet show (pt.2)

Victor Antonov. "Circus on the strings" puppet show (pt.1)

sábado, 5 de outubro de 2013

É tão grande o Alentejo

Taberna em Cuba - Baixo Alentejo

Canto Alentejano na Adega Velha açorda de coentros e alhos

HOJE E O FUTURO DE ONTEM

Quando voltei à biblioteca, fazendo uma visita,  entristeceu-se-me a alma...
Não havia novidades,  apenas restos do que eu tinha deixado e uma pequena reorganização do espaço de leitura livre..
O ambiente era triste, porque colegas, alunos e funcionários com quem me cruzei tristes estavam...
As condições de trabalho na escola estão, hoje, ainda piores do que quando há pouco eu ainda lá estava, mas será pelo "a vida vai rolando" que se luta pela qualidade na escola pública? e a luta tem de passar pela "refrega numa arena" e quem são os opositores o governo, o ministro, as leis da troika, a direção ou os alunos? Onde pára o "Diálogo com..."?

Hoje eu, tenho outras lutas outra vida, outros objetivos, mas no passado sempre lutei para conseguir intervir junto dos alunos por forma a que estes tivessem uma aprendizagem de exigência, tranversal e valorizando diferentes aspetos da cultura e da cidadania.
Apesar de triste, tenho alguma esperança que quem intervém na escola o faça também! Fazer apenas "o quadriculado" do horário não chega, é preciso "intervir é preciso dar vida aos orgãos de gestão pedagógica" é preciso lutar por boas condições de trabalho e de aprendizagem.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

LEITURAS DE AGOSTO 2013


Na Cova dos Leões
Fátima - Cartas ao Cardeal Cerejeira
de  Tomás da Fonseca

Edição/reimpressão: 2009
Editor: Antígona
ISBN: 9789726082071

Nesta obra Tomás da Fonseca desmonta as aparições de Fátima e a forma como o Vaticano lidou e lucrou com as mesmas.
Nas suas cartas ao cardeal Cerejeira de quem Tomás da Fonseca foi condiscípulo esclarece e refuta o teor das acusações de heresia que lhe têm sido feitas por diversos tipos de imprensa e de políticos afetos ao poder do Estado Novo.
Gostei especialmente da quarta parte do livro, onde é feito um estudo sobre a criação das religiões, o nascimento de deuses e a origem do cristianismo….

Cinco Reis de Gente de Aquilino Ribeiro
Edição: 1979
Páginas: 314
Editor: Livraria Bertrand, S.A.R.L.,Lisboa
"Cinco réis de gente" é uma espécie de relato de memórias de infância, desde os sonhos na mais tenra idade, passando por costumes, crenças e tradições religiosas (quebradura da hérnia em noite de S. João, esconjuro do pé quebrado, vias sacras pela quaresma, ...), episódios da escola e a aprendizagem da leitura, aventuras na caça aos ninhos, modos de sobrevivência nas aldeias beirãs, acompanhar o pai nas visitas durante uma campanha eleitoral - então, tal como agora, tudo se prometia por um voto!
Excertos:   
"(...)
  Aceite, senhora comadre,
este nosso afilhado,
que nasceu são
e é quebrado.
passemo-lo pelo carvalho,
e o milagroso S.João
nos faça este milagre:
o carvalho vá soldando
e o menino sarando."

 "(...) A vida de escola, se não fossem as operações de multiplicar e dividir, de muitas casas e com os algarismos mais altos, 9,8,7, raro matizadas pelo simpático cifrão, sem o inominável ferro-velho dos reis e das batalhas e o escalracho gramatical, não era má de todo. É certo que a professora não ascendia ao reino de Deus pela paciência, e a menina -de-cinco-olhos com ela andava numa roda-viva. (...)

"(...) - E então a que anda Sua Senhoria?
-Sua Senhoria vem pedir-te o voto. Votas com ele e tens aqui um protector para as aflições. Estás recenseado, pois não estás? Estou, sim senhor, estou recenseado. Recenseou-me o senhor Padre Nazaré. É verdade, é verdade. Agora o voto...hum!...hum!...o voto já o prometi. Vai para o senhor capitão, sabem vossemecês, o homem da Ritinha da Barroca, que é agora o presidente.(...)
-Olha cá, Ramos, olha cá... O que é que o José Francisco Vicente te prometeu?
-Que me prometeu...? Prometeu-me tudo o que lhe pedi.(...)"

A VIA SINUOSA de Aquilino Ribeiro
Edição/reimpressão:
Páginas:
Editor: Bertrand Editora
ISBN:


O Malhadinhas Livro de Bolso de Aquilino Ribeiro
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 296
Editor: 11 X 17
ISBN: 9789722523493
Inicialmente incluído em Estrada de Santiago (1922), O Malhadinhas acabaria por se tornar numa das mais conhecidas obras de Aquilino Ribeiro quando foi publicado em volume autónomo em 1958 (o autor acrescentar-lhe-ia a novela Mina de Diamantes). Em forma de monólogo, a obra conta-nos a história de um almocreve, o Malhadinhas, um serrano rústico, grosseiro e matreiro, que não tem quaisquer problemas em usar a «faquinha» que traz à cintura para corrigir o que entende por injusto. Defendendo-se à navalhada e golpes de pau (e por vezes a tiro) dos inimigos com que se vai deparando ao longo dos caminhos e da vida, Malhadinhas presenteia-nos com uma série de episódios picarescos, num tom coloquial repleto de expressões idiomáticas, trazendo-nos o retrato de um Portugal esquecido.

Andam Faunos Pelos Bosques de Aquilino Ribeiro
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 224
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722523738
Sinopse
Em Andam Faunos pelos Bosques verifica-se a obra erudita de Aquilino, polvilhada de sabedoria com reflexões antiquíssimas, nunca concluídas, sempre por resolver. Fala-nos do belo e do divino. Mas também nos fala da relação entre o homem e o desconhecido, campo verde onde pastam as ovelhas da fé e onde, ao contrário do habitual, pastam também pastores. Retrata magistralmente um conjunto de sacerdotes da douta igreja, sacudindo-os e analisando-lhes as vidas e a fé. São eles, os padres, que carregam o peso da narrativa. É através deles que Aquilino nos conta a história, passada nas serras da Beira e parcialmente na cidade de Viseu, de um conjunto de estranhas ocorrências. Chegara à Terra o Inefável, que viria plantar a sua semente pura nos ventres das mais belas mulheres.

Aparece então a teoria clássica que ressuscita a imagem do fauno. Aparece depois a católica teoria demoníaca. O duelo entre as duas "escolas", defendidas cada qual por um punhado de padres, acaba saldado por uma intervenção de um outro padre num discurso absolutamente formidável que constitui uma das mais claras e racionais definições de fé...

Príncipes de Portugal de Aquilino Ribeiro
Edição/reimpressão: 2011
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722522564
Sinopse
«Mestre Aquilino Ribeiro aceitou o encargo de compor a vida duns tantos portugueses, príncipes, reinantes ou apenas caudilhos, que deixaram na história mais que uma passagem meteórica (...) O critério dele foi o do romancista: interessou-lhe tudo o que não é comum. Para a história, de resto, não há apenas ouro, há também o oricalco. Aquilino Ribeiro olhou para esses grandes de Portugal e pintou-os, como Velasquez fazia, com as tintas do arco-íris. Tais como eram. Melhor, tais como lhe pareceram. Sem deixarem de ser a obra do historiador, escreveu estes perfis o novelista.»




A CASA NO CAMPO

É UMA SEGUNDA FEIRA DE AGOSTO, COM MUITO CALOR!

Sentei-me no alpendre a saborear o cheiro das árvores de fruto que envolvem a minha casa e a descansar o olhar no verde dos pessegueiros, das pereiras, das oliveiras, dos carvalhos , dos lilases e sinto-me num oásis maravilhoso!
Este oásis, não nasceu assim, nem era assim, até ser nosso!
Tinha já a beleza da vista panorâmica e a frescura da água que nele brota, mas fomos nós que a aproveitámos e gozamos dela a frescura que permite manter o verde e as cores que ao longo do ano aqui se criam...

Aqui sinto o prazer de usufruir da concretização de sonhos, em que cada aquisição, plantação, construção, é uma escolha nossa, sempre condicionada pela falta constante de dinheiro, mas alimentada pelo muito amor que partilhamos, pelas ideias e soluções que vamos imaginando e inventando!

Por enquanto, estamos só os dois, nesta segunda semana de Agosto.É repousante o sossego em que temos estado... o meu companheiro, pela fresca, tem regado e tratado da terra seca, dura e cheia de pedras, para a horta de inverno, eu vou tratando das minhas roseiras que agradecem renovando as flores para mim...
Produzimos os mimos que a nossa presença irregular e os humores do tempo vão permitindo criar.
Desfrutamos  a paz e o escorrer do tempo, sem horas marcadas!
Gozamos a beleza do por do sol e da lua (foi lua nova há poucos dias...), observamos as constelações, a estrada de Santiago, fazemos votos com as estrelas cadentes e deixamos-nos estar  tranquilamente a ouvir os sons da noite.

sábado, 3 de agosto de 2013

Uma casa com vista para o parque I


Helena não queria voltar para aquela cidade, nem para aquela casa onde tanto a tinham reprimido e sufocado… Era a casa da sua infância, onde sonhou ser cientista, lutar pela igualdade de direitos e de oportunidades, poder comunicar livremente, mas também a casa onde só tinha obrigações, o tempo super controlado e nem tinha espaço para si mesma…
Voltou com a casa em remodelação, com uma decoração que não era a sua, com móveis de que não gostava, mas não havia outros e as suas escolhas estavam muito limitadas ou eram impossíveis…
Ofereceram-lhe a possibilidade de habitar a casa e apesar do passado lhe estar a pesar, aceitou. A casa era grande, tinha bastantes espaços para os filhos todos… e parecia ser uma boa solução, estava bem localizada, perto das escolas dos transportes dos infantários…, lugar calmo arborizado e com boa vizinhança…
Só não sabia, que os pretextos da oferta, não eram bem verdadeiros…
Fizeram-lhe a proposta não, para poder estar mais perto dos pais e da possibilidade de reatar uma atividade, que já tinha feito anteriormente e na qual tinha tido algum sucesso, não, não foi por isso, foi apenas porque a mãe que tinha praticamente tido e criado ali os seus muitos filhos, não queria que a casa ficasse para estranhos, alguém que não fosse um filho ou filha.
Ora aconteceu, que o regime da renda foi modificado e o seu valor muito aumentado e a filha que decorou a casa e a usava deixou de estar interessada.
Muitas desculpas foram dadas, muitas mentiras inventadas e as obras que eram para ser oferecidas tiveram de ser pagas pelo marido de Helena. O problema das rendas foi para tribunal e valeram a Helena os amigos, não a família…

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Bibliotecas Escolares - Incentivo à leitura



http://vimeo.com/70136527

Luis Sepúlveda


E então Marianada o carteiro chega e dá-me a capa de um livro novo que estará nas livrarias em dezembro. É hora de um verão vermelho.


Que razões levam um professor a ser diretor de escolas?

Neste momento das nossas vidas
E no estado em que a sociedade vive
O que move um professor
Para ser diretor?

Como diretor estará certamente
Quase sem autonomia
Entre as imposições governamentais
E a gestão administrativa e pedagógica
Da comunidade escolar …

Estará dentro da linha do programa governamental?
Ou procurará lutando
Criar os melhores ambientes pedagógicos de aprendizagem?
Apoiará mais quem trabalha em projetos inovadores?
Ou quem faz o seu horário certinho, cumprindo a quadrícula?

Quererá apenas ter poder pelo poder?
Ou procurará decidir e organizar a gestão das aprendizagens
Ouvindo, debatendo e valorizando
os contributos que evidenciaram
promover mais sucesso
e envolvimento da comunidade escolar?

Na sua “carta de intenções”
Estará defender aprendizagens de sucesso
Para todos?
Ou vários escalões de aprendizagem?
Valorizará aprendizagens formatadas por gavetas
Ou aprendizagens críticas, plurifacetas e interligadas?

Estas questões levantam-se-me
Porque, ao longo da minha carreira docente
Sempre lutei por “um ensino público de qualidade”
 E a esta frase que já parece um chavão
Atribuo o sentido de formar jovens
Capazes de interligar saberes, criticar
Participar e desenvolver a sociedade…

Para mim
É indispensável
Que os jovens que saem das nossas escolas
Sejam capazes de muito mais que sobreviver
E se tornem em adultos críticos, participativos
Que incrementem a cultura e os saberes.

Será que o professor ou professora
Que vai para diretor ou diretora
Também pensa assim?

Tina Gregório

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Maria Bethânia Tempo, Tempo, Tempo, Tempo

divagando em formações

Rei morto rei posto

Eu agora é que sei!

Ainda o lugar anterior
Não tinha bem arrefecido
Já estava modificado…

Pintado de branco
Secretárias em linha
Fotografias no lixo…

                                                                            Apagou-se história
                                                                            tapou-se o relógio
                                                                            ficou o cruxifixo.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

MUDEI DE VIDA...

Entrei de férias
 reformei-me
 e mudei de vida!

Agora
sou mais dona do meu tempo...
só mais
não dona
porque a vida
está inserida num universo
de padrões e ligações
que deixam
o nosso livre arbítrio
muito condicionado...

Sinto agora, uma leveza no meu ser
- e eu que até sou pesada -
que me faz sorrir
muito mais vezes!
E a angústia e pressão
que vinha sentindo cada vez maior
desapareceu!

Para o meu lugar
vai outra colega
fazer, não o que
eu fazia
mas algo relacionado...
porque o que eu fazia
era muito personalizado...
era muito de mim
que era exposto e proposto.